Sons da gente que nós somos
Os registos fonográficos aqui presentes integram o projeto “Corvo – Sons da gente que nós somos”, produzido em 2005 pela Câmara Municipal do Corvo com edição da Ocarina.
O conteúdo deste trabalho teve essencialmente o objetivo de registar um determinado tempo das vivências das gentes do Corvo, olhando ao seu carater folclórico e etimológico, mais do que à qualidade técnica dos registos. Para além dos temas que pertencem ao folclore corvino, encontramos ainda histórias, lendas e sons do quotidiano da comunidade.
Ficha técnica
Entrevistas: Florêncio Lino ● Tocadores: Tibério Silva (bandolim), Celso Silva e Tony Pimentel (violão) ● Vozes femininas: Rosa Rita, Edite Cabral e Margarida Pimentel ● Vozes masculinas: Raul Trindade e Inácio Pimentel ● Montagem e masterização: Jorge Santos ● Fotografia: Celso Silva ● Edição executiva: Ocarina
Espólio Joanne Purcell
Joanne Burlingame Purcell (1938-1984) foi uma investigadora e professora norte-americana que se dedicou ao estudo e divulgação da tradição oral portuguesa, nomeadamente açoriana e madeirense. Passou onze meses nos Açores, entre maio de 1969 e abril de 1970 onde percorreu todas as freguesias nas nove ilhas e recolheu variantes do Romanceiro tradicional Açoriano, variantes do Cancioneiro e ainda contos, orações, provérbios, rituais e cantigas das festividades nem louvor do Divino Espírito Santo.
O seu trabalho encontra-se agora disponível online, na plataforma do Centro de Conhecimento dos Açores, onde é possível pesquisar por ilha e aceder às bobines gravadas, bem como às imagens dos cadernos de campo da investigadora com as respetivas anotações.
llhas à escuta e suas zoeiras
Este é um projeto que se propõe a recolher e compilar sons, "zoeiras", que são constituintes das paisagens sonoras das ilhas açorianas - numa primeira fase: Corvo, Faial, Terceira e São Miguel.
Convidam-se todos os que habitam ou apenas visitam estas e outras ilhas açorianas, a que primeiro fechem os olhos e parem. Depois escutem e sintam alguns dos sons ali compilados. Nessas escutas propõe-se uma reflexão em escuta ativa sobre os sons que nos rodeiam e sobre se consideramos equilibradas as paisagens sonoras que habitamos. E também (re)descobrir o prazer (ou não) de escutar esses sons.
Este projeto permite a contribuição ativa de todos com o envio dos seus próprios registos sonoros através do Mapa de Zoeiras presente na plataforma – e também o autor irá continuar a nutri-lo de cada vez mais sons, numa vertente de continuidade e partilha. A plataforma também pode ser enriquecida com registos sonoros de objetos constituintes do património material como instrumentos de trabalho, numa tentativa de reconstituição sonora desses sons do passado.
No início era o som!