Património baleeiro

A atividade baleeira nos Açores iniciou-se no século XVIII, registando-se a presença de baleeiras norte-americanos em busca dos cetáceos nas suas águas.

As ilhas das Flores e do Corvo serviam como escalas para essas embarcações se abastecerem de víveres, e recrutarem mão de obra local, mais barata e, simultaneamente, bastante experiente nas lides marítimas. Esse contacto impulsionou a atividade baleeira na ilha, de tal modo que, em 1890, operavam no Corvo três armações da ilha vizinha, cada uma com dois botes baleeiros, que estacionavam no Porto Novo.

Em 1955 tem lugar um dos quatro acidentes mortais registados no Grupo Ocidental que vitima o corvino José Inácio de Fraga, levando ao abandono da faina baleeira por parte dos corvinos que apenas mantiveram a sua participação ao nível das vigias cuja funcionamento permitia cobrir as áreas de mar não visíveis das Flores.

No que concerne a infraestruturas, encontramos na Vila as duas rampas de varagem dos botes – no Porto do Boqueirão e no Porto Novo – e nas terras de cima a Vigia do Pico João de Moura, único exemplar sobrevivente das quatro que existiram: Vigia do Pão de Açúcar, Vigia da Boca da Cruzinha, Vigia do Portão ou da Soladeira e vigia do Pico João de Moura ou Jarmoura.

Em 2013 foi construída a Casa do Bote, onde é possível encontrar o bote baleeiro O Corvino, adquirido pela autarquia do Corvo na Graciosa, e recuperado no Pico, para preservação da memória desta atividade na ilha. A estrutura da Casa do Bote foi erguida em madeira de pinho, evocando o traçado de antigas casas de botes baleeiros existentes nos Capelinhos, no Faial, com pavimento em pedra de calhau rolado.

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