Arquitetura da água

O povoamento de um espaço inóspito e desabitado com limitados recursos alimentícios passa, forçosamente, pelo estabelecimento em um lugar minimamente defensável e com bom acesso a água.

Logo nos primórdios da criação da urbe os corvinos tiveram de conduzir a água desde as terras de cima até ao povoado, escavando um canal para esse fim. Ainda como exemplo do primitivo sistema de abastecimento de água é a existência de um poço de maré, identificado junto ao Porto Novo.

A Fonte de Cima, localizada nos limites do Núcleo Antigo da Vila, na rua com o mesmo nome foi o primeiro chafariz ou fonte, como é designado no Corvo, data de 1836. A água que abastecia esse chafariz era captada e encaminhada a partir da nascente da Fonte Velha, por ser a mais próxima do povoado. Ainda que insuficiente para as necessidades existentes, a Fonte de Cima garantia aos corvinos – que rondavam então as oito centenas – um acesso e utilização mais fáceis e cómodos da água.

Os restantes chafarizes ou fontanários públicos foram construídos na década seguinte – a Fonte das Pedras, a Fonte do Jogo da Bola e a Fonte do Outeiro. Na década de 1960, foram desativados e mesmo destruídos os chafarizes, numa tentativa de encaminhar a população local para a utilização da rede pública então implantada.

Nas terras de cima podem também encontrar-se várias estruturas para captação e coleta de água, utilizadas atualmente mais para dessedentação dos animais do que para consumo humano; exemplos são o Tanque dos Lagos, o Tanque do Rego d’Água e as Pias da Canada.

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